Vício?
Já não está na moda utilizá-lo apenas para fazer chamadas. As crianças utilizam os telemóveis para jogar, competir umas com as outras e mostrar o que sabem fazer. Os adultos também têm jogos nos seus telemóveis, mas só alguns têm outras coisas. Filmes ou música. Ou ambas. Por isso, mesmo eles já não têm telemóveis apenas para o seu propósito original. Isso é compreensível. Se já o têm e podem utilizá-lo, então que assim seja. Algumas crianças estão a aprender algumas dessas coisas. Se se dedicam a isso ou não, é assunto para outro capítulo. Por exemplo, até os adultos têm inglês.
E o mesmo se aplica a eles e às crianças. Sim, os telemóveis podem ser utilizados para aprender. Em lado nenhum se diz que podem ser utilizados para terminar o ensino secundário, mas podem ser úteis. Em todo o caso, não há mal nenhum em fazer pelo menos uma tentativa nesse sentido. Há muitas aplicações para aprender línguas, matemática ou mesmo a língua checa. Os telemóveis estão cheios de funcionalidades, algumas das quais ainda nem sequer conhecemos. Não admira que os levemos para todo o lado. Até o levamos para a cama. Infelizmente, algumas pessoas não conseguem viver sem o seu telemóvel. Nós não aguentamos um minuto sem ele. Se ninguém me ligar, olho para o ecrã com nervosismo de dez em dez segundos.
Depois começam a ver o Facebook e outras redes sociais ou a enviar mensagens para aqui e para ali. A doença até tem um nome. Nomofobia. O nome da doença pode ser um pouco confuso. As pessoas instruídas sabem que uma fobia é um medo patológico. Sim, é verdade, neste caso é um medo patológico de perder o telemóvel ou de perder o sinal. De certeza que já percebeu isso e não precisa de o dissecar mais. Não se trata certamente de si. Está tudo muito bem. Mas tenha cuidado para não cair nessa. Por vezes, nem sequer se sabe que está a acontecer. É preciso estar atento e utilizar o telemóvel apenas quando for realmente necessário.